A editora da B9 Jacqueline Lafloufa publicou uma matéria muito interessante sobre chatbots, confira alguns trechos aqui:
Durante a conferência F8 desse ano, oFacebook divulgou aos desenvolvedores a possibilidade de incluir robôs de atendimento em janelas de chat do Facebook Messenger. A ideia é permitir que páginas ofereçam conteúdo de forma automatizada – como se fosse uma assinatura de newsletter diretamente na janela privada do seu Messenger – ou até oferecer interações de forma roteirizada, como acontece quando você liga para um serviço de atendimento telefônico que pede para apertar botões de acordo com o que quer fazer.
Essa necessidade possivelmente surgiu do atendimento frequente feito por marcas e empresas através do próprio Facebook, plataforma que tem se tornado a “página inicial” para muita gente – inclusive para os clientes. Há algum tempo, a rede social já permitia que algumas páginas tivessem um menu de “respostas muito frequentes” para atender as mensagens privadas em poucos cliques e de forma rápida. Os chatbots chegam para facilitar ainda mais esse processo.
[…]Bots vs. chatbots
Mas antes de seguirmos com esse artigo, é importante destacar uma diferença que parece pequena, mas que é crucial para esse assunto: bots e chatbots não são a mesma coisa. A principal diferença entre eles é o formato de funcionamento. A desenvolvedora Rafaela Goulart me explicou que um bot é um robô que pode ter um ou vários scripts (roteiros de comandos) por trás dele. Esses scripts podem realizar cálculos, analisar informações ou o que você quiser que ele faça. “Um bot não precisa ser capaz de fazer inferências, ele pode somente executar scripts que juntos vão servir para alguma coisa. Por exemplo, um bot que faça login no site do banco e pague os salários”, detalha ela.
Já o chatbot parte do pressuposto de que esse robô poderia se passar por um ser humano, tendo uma conversa minimamente razoável e se tornando difícil de distinguir de uma pessoa de verdade, me conta a Rafaela. “Em um chatbot, é necessário ter uma inteligência artificial por trás, o que faz os scripts serem mais elaborados. Com as técnicas de inteligência artificial, o chatbot pode fazer inferências dos assuntos que você mais pergunta ou fala, para fazer passos mais específicos e acertar mais nas respostas”, ela explica.
Um bot não precisa ser capaz de fazer inferências, ele pode somente executar scripts que juntos vão servir para alguma coisa. Em um chatbot, que tem técnicas de inteligência artificial, é possível fazer inferências dos assuntos que você mais pergunta ou fala, para fazer passos mais específicos e acertar mais nas respostas”
E é para dar um “certificado de inteligência robótica” que serve o teste de Turing, que avaliaria se o robô consegue “fingir” ser uma pessoa real. O curioso é perceber que um dos jeitos que chatbots usam para fazer isso é “fazer cara de paisagem” ou “desviar do assunto” – quando você tenta interagir com um chatbot e pergunta algo que ele não sabe, ele normalmente desconversa.